Desde que eu soube que colocaria os pés no Rio de Janeiro, meus olhos brilharam com a ideia de conhecer a Confeitaria Colombo. O encanto era tão grande que, na busca para achar o lugar, eu quase passei direto do número 32 da Rua Gonçalves Dias.

Localizada no Centro Histórico do Rio, a Colombo é o retrato da belle époque carioca e eu ainda não sei se palavras são suficientes para descrever a magnitude do que eu vi. São enormes espelhos de cristal nas paredes, bancadas de mármore italiano e molduras de jacarandá esculpido, tudo observado por um vitral colorido no teto desde 1894.
No balcão, sobremesas finas: tarteletes, pastéis de nata, éclairs, mil folhas e casadinhos. Eu escolhi uma tartelete de avelã, um pastel de nata e também provei a tortinha de limão. A qualidade dos produtos é inquestionável, a massa das tortinhas era levemente amanteigada e quebradiça, o recheio era doce sem ser enjoativo e o pastel de nata só não foi perfeito porque foi servido frio. Nenhum conquistou meu coração a ponto de me fazer querer voltar lá para comer novamente. Quero voltar e conhecer mais.
Eu queria ter provado o viradinho de morango (uma espécie de cannoli), mas já havia acabado. Muito se fala na coxinha de queijo de lá, mas me recusei a pagar R$9 num salgado. Quando o garçom passou ao meu lado levando um profiteroles para outra mesa, meio que me arrependi de não ter pedido um. Era enorme e parecia tentador.

Aí você me pergunta: mas realmente valeu a pena esse auê todo em torno de uma doceria? E eu te respondo que sim, porque não se come só com a boca e é uma experiência diferente de tudo que eu já vivi.
Preciso dizer que foi um alívio conhecer um lugar que vive sem se render à ditadura do leite condensado/açúcar demais. Foi um sopro de esperança que eu recomendo muito a quem for visitar a Cidade Maravilhosa.
Um comentário em “FNC Viaja – RJ: Uma ode à Confeitaria Colombo”